Área Tecnológica na Mídia
05/05
AGRICULTURA
Dados, conectividade, sensores: o que é agricultura inteligente e quais são as novas aplicações no campo?
A agricultura do futuro já é uma realidade bem palpável. Assim como celulares e veículos estão cada vez mais tecnológicos, o ecossistema agrícola também está em constante evolução. O que até pouco tempo parecia ficção científica – máquinas que tomam decisões, robôs autônomos no campo, sensores que leem o solo sem precisar tocá-lo – é agora parte da realidade de muitas lavouras brasileiras. É o que se convencionou chamar de agricultura inteligente: um sistema de produção que se baseia na coleta e análise de dados para otimizar recursos, reduzir perdas e aumentar a produtividade. Essa inteligência é viabilizada por uma série de tecnologias integradas: desde sensores de solo e clima, até softwares de gestão, pulverizadores seletivos, robôs autônomos e estações de controle conectadas à nuvem. A agricultura inteligente permite, por exemplo, que um robô detecte uma planta daninha e aplique o defensivo somente naquele ponto, sem desperdício, informa o G1. Ou que o dosador de fertilizante ajuste automaticamente a quantidade de insumo conforme a necessidade do solo em cada metro quadrado da lavoura. Os impactos da agricultura inteligente são concretos no bolso e na rotina do produtor. A economia de insumos como sementes, defensivos e água é imediata. A precisão no plantio e na pulverização reduz falhas e aumenta o potencial produtivo.
EQUIDADE DE GÊNERO
Mulher Rural: Protagonismo e Transformação no Agronegócio Brasileiro
O agronegócio brasileiro e mundial passa por transformações profundas, e uma das mais significativas tem sido a ascensão das mulheres como protagonistas no meio rural. Segundo análise de José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), as mulheres têm assumido papéis de liderança e gestão em diversas etapas da cadeia produtiva, além de operar maquinários agrícolas com excelência. Este movimento não apenas redefine a estrutura do campo, mas também contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais. Durante muitos anos, o meio rural foi caracterizado pela divisão de tarefas e pela predominância masculina nas atividades produtivas. No entanto, a realidade atual é outra. As mulheres rurais têm demonstrado uma notável capacidade de adaptação, inovação e liderança, conquistando seu espaço com competência e determinação, informa o Portal do Agronegócio. O acesso crescente à educação e à formação técnica tem ampliado as oportunidades para que as mulheres desempenhem funções mais estratégicas no agronegócio, fortalecendo a sustentabilidade e a inovação no setor. O fortalecimento da presença feminina no campo também gera uma transformação cultural significativa. Com sua ascensão, as mulheres rompem estereótipos, inspiram novas gerações e contribuem para a construção de um campo mais inclusivo, diverso e cheio de possibilidades. A mulher rural contemporânea é, assim, uma verdadeira agente de mudanças sociais, econômicas e ambientais, promovendo uma nova visão sobre o desenvolvimento rural.
ENGENHARIA
Nanobioengenharia Computacional: Quando Algoritmos Reprogramam a Matéria Viva
A Nanobioengenharia Computacional tem emergido como uma área revolucionária onde a convergência entre biotecnologia e computação está transformando nossa capacidade de projetar sistemas biológicos. Este campo integra modelagem computacional, inteligência artificial (IA) e biologia molecular, oferecendo novas oportunidades para personalizar terapias genéticas e desenvolver biossensores. A inovação impulsionada pela nanobioengenharia está rapidamente avançando, alimentada pela crescente participação de grandes players no mercado e expectativas de crescimento expressivo nos próximos anos. A nanobioengenharia tem experimentado um crescimento significativo desde a década de 2000, quando as nanopartículas começaram a ser utilizadas para a entrega de fármacos, informa o Blog da Engenharia. Recentemente, o uso de simulações quânticas e machine learning para prever interações biomoleculares ampliou ainda mais o campo. Grandes empresas como Alza Corp, Genentech e Bayer têm liderado inovações em sistemas de liberação controlada e aplicações em terapia gênica, colocando a nanobiotecnologia em destaque no cenário global. O mercado global de nanotecnologia está projetado para ultrapassar US$ 125 bilhões até 2024, com a nanobiotecnologia ganhando um espaço considerável, representado por patenteamentos e parcerias estratégicas. A personalização de nanomedicamentos para oncologia e o desenvolvimento de biossensores nanométricos estão entre as tendências mais promissoras. Especialistas estão otimistas quanto às capacidades únicas que a nanobiotecnologia poderá oferecer até 2030, incluindo terapias de precisão adaptadas a cada paciente. No entanto, as controvérsias éticas e os riscos de nanorrobôs autônomos precisam ser abordados, assim como o impacto ambiental dos nanomateriais. Além disso, a previsão acadêmica sugere que o uso de algoritmos de IA será cada vez mais comum para prever as interações entre nanopartículas e células, o que requer atenção contínua e inovações para garantir processos seguros e eficazes.
TECNOLOGIA
Robôs voadores abrem novos horizontes na construção civil
Braços robóticos e pórticos de impressão 3D já podem ser encontrados em alguns canteiros de obras, mas tipicamente são sistemas pesados, que precisam ser cuidadosamente instalados no solo, o que significa que eles não são úteis ainda em terrenos acidentados ou em grandes alturas, como na construção de edifícios. Mas Yusuf Kaya e colegas dos institutos EMPA e EPFL, na Suíça, acreditam que os robôs aéreos, uma espécie de drones operários, logo poderão ser usados como plataformas de construção autônomas, cobrindo justamente os pontos fracos dos robôs atuais. A vantagem é óbvia: Drones de construção podem alcançar locais inacessíveis a máquinas convencionais, seja em edifícios, em telhados, em áreas de desastre, nas montanhas ou mesmo em planetas distantes. Eles também não exigem um canteiro de obras fixo e podem ser postos para operar em enxames, trazendo um alto grau de flexibilidade e escalabilidade. Ao mesmo tempo, ao encurtar as rotas de transporte, os robôs podem reduzir os custos, o consumo de materiais, tornar os canteiros de obras mais seguros e diminuir os prazos na construção civil, informa o Inovação Tecnológica. Segundo a equipe, esses experimentos já conseguiram demonstrar que o potencial dos drones na construção civil é disruptivo: Eles podem voar e construir em qualquer lugar, desde que o fornecimento de energia e o transporte de materiais estejam garantidos. E são facilmente escaláveis: Em caso de desastre, centenas de robôs aéreos poderiam imediatamente montar infraestrutura temporária em áreas remotas. “Os sistemas robóticos existentes em terra costumam pesar várias toneladas, levar muito tempo para serem montados e ter um raio de ação limitado,” explica Kaya. “Os drones de construção, por outro lado, são leves, móveis e flexíveis – mas, até o momento, existem apenas com baixo nível de prontidão tecnológica. Eles ainda não foram utilizados para fins industriais”. E finaliza: “Nosso objetivo é ter robôs aéreos que entendam com qual material estão construindo e em qual ambiente, e otimizem de forma inteligente a estrutura resultante durante a construção”.
Curadoria: Superintendência de Relações Institucionais e Comunicação do Crea-SP